então ta, vou tentar falar de você.
é isso que quer, não é? ouvir eu me derramar sobre seu corpo e sentir o gosto da minha vitória.
pronto, pode se deitar. que já me delato e satisfaço seu desejo.
contando do meu, de você.
surpresa que foi, isso.
me entrego em cada palavra e você ri.
quando eu ia imaginar?
finge você que já sabia. como se plano tivesse sido.
mas gostamos. nos lambuzamos de graças até ver que custaria caro.
me é caro você, agora.
que se preocupa com o que posso querer dizer.
e querer não quero dizer nada. estou dizendo. e isso é exatamente igual a isso.
que sei que não é bom em matemática, que já poderia saber há tempos.
mas tento a lógica pra não te fazer gozar de cara.
porque sabemos do tamanho da graça. se fingia que não sabia agora escancaro em palavras baratas e fecho os olhos pra não encarar os seus.
bonitos que são, os seus.
bonitos que são.
mas fogem que sei, fogem que entregam o menino de tempos que nunca nos deixa.
da minha você se lembra e me faz rir. e ri também com surpresa nos olhos.
(já falei de sua beleza, não?)
boba que sou escorrego em nós e você já está quase lá.
os tantos poemas escritos na escadaria se sussurram.
você me agradeceu por aquela e hoje te retribuo com estas estrelas - e algumas nuvens, não podemos negar.
e sua risada me faz sentir inútil a tentativa do disfarce.
você já sabe
e eu já sei
das palavras que tanto faltam estamos fartos.
Um comentário:
quê que é, hein? porra!, cê me fica um semestre sem publicar texto pra destruir tudo? tou com pressão alta depois dessas três porradas: o silêncio, a vida e os olhos.
Postar um comentário