sábado, 23 de abril de 2011

1m34s

tenho percebido do gosto por ficar no entre
não no imperativo, apesar da vontade
o prazer do enquanto
ainda não
o jogo do chegar aonde já se está

como todo bom músico
que adora mesmo o silêncio
por saber que ele é quem faz o som


ficar na pausa
no pé do contratempo
no respiro antes do fim

tocando a vida de melodias simples e por vezes de uma nota só
que dá o tom de sempre enquanto que nunca

e do medo que dá do depois
já que não tem antes

e então fico no aqui




(e isso não é lamento. es la mente)
(......entre corpos sãos, mentem.....)

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