Aos poucos, estou liberando meu cais. Estou soltando, com certa cautela, alguns dos meus mais seguros barcos. Aqueles mais bem construídos. Aqueles que, acredito eu, aguentaríam alguma tempestade.
Apesar de ter consultado as previsões também. Não iria tanto na levada da maré.
Algumas outras embarcações menores, mais frágeis, estão loucas para se aventurar. Para provar que estão seguras.
Estou estudando o caso.
Já meus milhares de botes, minhas bóias salva-vidas, já se perderam. Atracaram, talvez, em teu cais.
E já esperam por mim.
Um comentário:
eis um poema de amor
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