terça-feira, 18 de novembro de 2008

Metalinguagem

Outro dia abri uma caixa, daquelas que já viraram paisagem, pra lembrar o que tinha dentro.
Podia ser o que fosse, eu iria acreditar que era aquilo que sempre esteve ali.
Descobri algumas lembranças que nunca saíram dos cantos da memória, só não sabia aonde as tinha encaixotado.
Comecei a folhear uns diários antigos. Aqueles dos "Oge eu brinquei de boneca".
Aí eu vim pra cá escrever.
Hoje (com H) eu parei pra pensar. Não se fazem mais diários como antigamente.
Ou, ok, eu não faço mais diários como antigamente.
Hoje meu diário é um blog. "Meu querido diário só meu que ninguém mais pode ver" está na Internet. As pessoas comentam sobre ele.
Perderam-se os dias que não se preocupam com o H.
Perderam-se os dias que fluem inteiros em uma frase, sem vírgulas.
As palavras não mais são leves, não correm mais no quintal.
Hoje elas se mostram, se exibem no compasso mais bem construído.
Ou melhor construído.
O segredo, antes, se escondia no cadeado. Exigia um cuidado.
Hoje, ele se esconde na mente. E empresta seu nome pra algumas metáforas mal resolvidas.
A inocência teve que crescer e virar figura de linguagem.
Hoje, o bom é o público. Melhor é o privado público.
Big brother era pra ser aterrorizante!
Mas janeiro começa o 9.
Dizem que quem escreve escreve pra alguém ler.
Por enquanto só quem leu os meus diarios sem acentos fui eu. E eles ainda são os que mais sabem de mim.

3 comentários:

David Melo da Luz disse...

Lívia é o David (puc)!

adorei seu blog, não sabia
q vc escrevia.

Mtu bom parabéns.
te add aki =)

bjo

Lucas Galati disse...

Adorei Li!
Pegou fundo esse aqui!
T-R-A-N-S-F-I-G-U-R-A-Ç-Ã-O!
HEHEH
Bjs linda!
Te amo

LSA disse...

eu gosto desse