quinta-feira, 27 de novembro de 2008

e ontem as cores mudaram... (ou Sobre o caminho do computador à cruz)

As preocupações eram provas, cálculos, viagens e cervejas.
Olhos se faziam disso também.
Talvez as mãos buscassem o céu, talvez o peito buscasse ar, mas em terra de cego quem tem olho é rei.
Os meus estavam todos automatizados. Conectados aos fios do nada a lugar nenhum.
Levantei sem levantar. Andei sem andar. O hábito me levou brincando de fechar meus olhos.
Foi quando olhei para o céu.
Laranja. Era cor de laranja o algodão do céu. "Onde já se viu céu laranja, menino? Pode fazer de novo!", diria a professora do jardim.
Jardim da infância.
Pátio da cruz.
Acho que só lá o céu pode ser da cor do seu dia. E ninguém pode dizer que não.
Os olhos não acreditaram, o peito suspirou, e a boca se alargou timidamente. Ninguém poderia ver.
A cruz viu. Mas continuou ali, de braços abertos. Enquanto só ela me observava, voltei-me para baixo. Sonhos, terapias e fenomenologias. Interessante, mas volto ao céu.
Lilás! LILÁS!
Podia chover flores!!
"Já não te disse que céu é azul?"
É, ele acabou no cinza.
E choveu.

2 comentários:

Lucas Galati disse...

Mesmo distante estamos conectados.
Viste até o msmo céu lilás de ontem!
Te amo Lilo!
Bjs mil do Lu
precisamos conversar COM TEMPO!

Flaixer disse...

Infelizmente, só lá no jardim mesmo.
Muito prazeroso mais uma vez, mais outra vez e assim por diante!