As preocupações eram provas, cálculos, viagens e cervejas.
Olhos se faziam disso também.
Talvez as mãos buscassem o céu, talvez o peito buscasse ar, mas em terra de cego quem tem olho é rei.
Os meus estavam todos automatizados. Conectados aos fios do nada a lugar nenhum.
Levantei sem levantar. Andei sem andar. O hábito me levou brincando de fechar meus olhos.
Foi quando olhei para o céu.
Laranja. Era cor de laranja o algodão do céu. "Onde já se viu céu laranja, menino? Pode fazer de novo!", diria a professora do jardim.
Jardim da infância.
Pátio da cruz.
Acho que só lá o céu pode ser da cor do seu dia. E ninguém pode dizer que não.
Os olhos não acreditaram, o peito suspirou, e a boca se alargou timidamente. Ninguém poderia ver.
A cruz viu. Mas continuou ali, de braços abertos. Enquanto só ela me observava, voltei-me para baixo. Sonhos, terapias e fenomenologias. Interessante, mas volto ao céu.
Lilás! LILÁS!
Podia chover flores!!
"Já não te disse que céu é azul?"
É, ele acabou no cinza.
E choveu.
2 comentários:
Mesmo distante estamos conectados.
Viste até o msmo céu lilás de ontem!
Te amo Lilo!
Bjs mil do Lu
precisamos conversar COM TEMPO!
Infelizmente, só lá no jardim mesmo.
Muito prazeroso mais uma vez, mais outra vez e assim por diante!
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