Minha preguiça acontece na lombar, subindo pra torácica.
Mora ali. E às vezes vem pro fêmur. Chega até na tíbia.
Preguiça é assim. Coisa de osso. Pega toda a raiz e paralisa.
A gente estica contorce mas ela é dura e dura.
Já o medo é cervical. Da cabeça ao peso nos ombros.
Irradia umas costelas e abraça peito: pulmões e coração.
Medo dá, e sufoca. Não é questão de esticar, nem de endurecer.
É respirar, e esperar.
E a esperança, que enfim também me tem, é sangue.
Corre, foge, grita, passa, lamenta e chora.
Minha esperança é vermelha e arde.
Arde em medo, e em preguiça.
Um comentário:
caralho!!!
demais!!!
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