Ele insistiu até ouvir o "tá bom, hoje às sete".
Ela suspirou. Riu. Pensou no vestido.
Pontualmente às sete e dezoito se encontraram na portaria.
Beijo no rosto e aquele bem-estar de sempre.
Estavam com saudades.
Falaram mal do tempo, do prefeito, do Palmeiras, do chefe.
Pediram a cerveja. E mais uma. E depois outra.
Lembraram a música e o nome do hotel.
Cantarolaram e riram.
Calaram o silêncio.
Disseram que sim.
Beijaram-se.
Falaram bem do show, da sorte, da praia.
Ele contou aquela piada que sempre a fazia rir.
Ela riu.
Riu até chorar.
Depois chorou até dormir.
E não se viram mais.
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